Mais uma banda nacional que realmente faz a diferença entre as demais. ‘Meados de 2004. Ao violão, juntavam-se instrumentos de brinquedo e utensílios domésticos: pianolas, flautinhas, copos, chaveiros, até uma lixeira em desuso. Por sobre as canções dos grandes nomes, enxertavam-se fragmentos amaldiçoados da cultura pop, paródias e esboços de composições próprias, oscilando entre o lirismo e o deboche. ’ Podemos falar de qualquer coisa, mais sugestivamente começaremos pelo nome desta vez. Graveolas e o Lixo Polifônico, esse foi o nome escolhido talvez pelo seguinte fato ‘importa a fertilidade plástica das imagens da lixofonia’. Foi interessante como conheci a banda, sempre começa por um meio de comunicação que não seja fibra óptica, mais de certa forma estava sentado no sofá, conversando com outra pessoa, e de repente falando uma matéria na rede minas sobre músicas de carnaval, conheço ‘GEOLP’ junto com elas outras bandas que também traziam de certa forma a mensagem da reportagem. ‘Graveola e o lixo polifônico é um bom exemplo da mistura refinada que constitui a música brasileira.
Graveolas e o Lixo Polifônico - Rua A (Video)
Irreverentes e atrevidos, múltiplos e desajeitados, seu trabalho é uma oficina de experimentação, uma caixa de possibilidades poético-sonoras. São improvisadores capengas, falsários poliformes: tudo é referência na colagem musical onde descontrole e acaso vêm à tona e gritam por espaço. É a estética do plágio, o humor levado a sério.
Reciclar o lixo, misturar o fino e o grosso a ponto de torná-los indistinguíveis. Do sotaque refinado do samba e da MPB ao amaldiçoado kitsch do axé e do sertanejo, o lixo polifônico seqüestra a legibilidade vomitada do pop e incorpora tudo ou qualquer coisa como ferramenta sonora. Do lirismo ao escracho, os sentidos multiplicados, ou a total falta de sentido. Pianolas e apitos de brinquedo, utensílios domésticos: a idéia é deglutir e incorporar a tudo e a todos sem distinções. Implosão de rótulos, aproximações insólitas, absorções irresponsáveis: é a fertilidade do lixo “em que se plantando, tudo dá”.’ 2009 consolidou a participação em festivais de música independente e de viagens. O grupo se apresentou no Festival Cultural de Milho Verde, no Festival Escambo em Sabará, Festival Garimpo e Grito Rock, em Belo Horizonte; Festival Jambolada em Uberlândia, entre outros, todos eles com projeção e relevância nacionais. Ao longo deste processo, o grupo cresceu em caráter e originalidade. Um número relevante de pessoas seguem as novidades no site do grupo, os vídeos publicados no YouTube, as imagens divulgadas nas galerias de imagem e as novas músicas distribuídas no MySpace. O grupo recebe mensagens diárias de várias localidades no mundo, desde simpatizantes até escritores de blogs e outros músicos, e no site, o disco alcançou a cota de mais de 10.000 downloads. O Graveola agora trabalha para organizar uma turnê nacional e concretizar relações com a organização de eventos internacionais e agentes culturais. Novas músicas estão sendo feitas e um novo disco é um projeto futuro. Graveola é um exemplo de trabalho coletivo e colaborativo que contribui para moldar, de alguma forma, as novas formas de se fazer música e de viver música.
Discografia:
Graveola e o Lixo Polifônico - Um e Meio [2010]
Graveola e o Lixo Polifônico - Um [2009]
TrackList:
1. Outro modo
2. Suprasonho
3. Samba de outro lugar
4. Antes do azul (papará)
5. Amaciar durez
6. Ensolarado
7. Dois lados da canção
8. Do alto
9. O quarto 417 (as aventuras de dioni lixus)
10. Benzinho
11. Insensatez: a mulher que fez
12. Chico buarque de hollanda vai à copa de 2006
13. Cidade
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